A ponte sobre o rio Lima é formada por dois troços distintos, um romano e outro medieval. A ponte romana, que integrava a Via XIX ligando Braga (Bracara Augusta) a Astorga (Asturica Augusta) foi erigida provavelmente no século I, visto por ela passar a via iniciada pelo Imperador César Augusto. Quando se diz que a Rainha D. Teresa Fez Vila o Lugar de Ponte, é esta a ponte referida.
O foral de Ponte de Lima, atribuído pela rainha D. Teresa em 1125, apresenta no documento de confirmação a data de 1163. Isto porque na época a marcação do tempo era regida pelo calendário Hispânico ou Juliano (de Júlio César). Só a partir de 1422 o sistema de datação foi alterado por ordem de D. João I, passando a vigorar o calendário Cristão em vez da Era Hispânica. Assim, para documentos anteriores a 1422, é necessário retirar 38 anos para termos a correspondência com o tempo do Calendário Cristão (ou Gregoriano). 1163-38=1125
Na época medieval, o ensino estava quase exclusivamente limitado aos eclesiásticos. Poucos leigos sabiam ler ou escrever, utilizando marcas pessoais no lugar das suas assinaturas. Aquando da construção dos edifícios medievais, os pedreiros marcavam as pedras que assentavam. Para que pudessem receber o seu salário. Assim, hoje em dia, nos edifícios medievais existentes (ponte gótica, torres e muralhas subsistentes, Igreja Matriz), ainda são visíveis estas mesmas siglas. As da fachada da Igreja Matriz são, em Ponte de Lima, as mais notórias e notáveis.
A Capela do Anjo da Guarda, de estilo românico/gótico, foi edificada possivelmente no último quartel do século XIII, estando localizada na margem direita do rio Lima, junto à ponte. A sua forma quadrangular aberta confere-lhe um carácter devocional, servindo de local de culto e abrigo. Após derrube parcial pelas cheias, foi reconstruída no século XVIII, colocando-se uma imagem policromada de São Miguel, anjo defensor e protetor da vila e do seu povo.
A Avenida dos Plátanos foi inaugurada a 8 de outubro de 1901 e batizada então com o nome de D. Luís Filipe, conforme decisão da Câmara Municipal, de 5 do mesmo mês, ao tomar conhecimento da visita do Príncipe a Ponte de Lima. A avenida, cujo nome foi alterado depois da implantação da República para Avenida 5 de Outubro, e mais tarde para o nome atual, é um local preferencial no Verão devido à frescura que a sombra dos plátanos centenários oferece.